Até aos anos 40 esta freguesia do Concelho da Calheta chegou a ter um desenvolvimento interessante. Além de duas bandas de música, possuía uma fábrica de conservas de atum, um engenho e salinas. Nessa época, o surto de emigração era pouco significativo. Porém, o desenvolvimento conseguido extinguiu-se progressivamente.
A parte mais baixa da freguesia, a Alagoa, designação que evoca as terras sempre alagadas no Inverno, cerca de 1930 transformou-se num campo de salinas, a sua exploração não foi, porém, compensadora. Teve então início o grande período de emigração.
Na freguesia do Paúl do Mar era nítida a separação entre os pescadores do porto, sendo o lugar conhecido por Espanha, e os moradores da Ribeira das Galinhas, quase todos agricultores ou comerciantes. Actualmente, são histórias que se contam.
A vila é totalmente cercada por inacessíveis e ameaçadoras escarpas e todos os contactos com outras localidades eram praticamente apenas feitos pelo mar. Existia uma pequena vereda que trepava entre terríveis abismos, e poucos eram os que se aventuravam na difícil escalada. Só há poucos anos foi construída uma estrada que pôs o Paúl em contacto com o resto da ilha.
Da povoação do Paul é possível observar nas montanhas, fendas por onde se escoa a água das chuvas. Parece que a desagregação é evidente. No entanto, aquela boa gente diz que Paul foi sempre assim e que o Senhor Santo Amaro tem força para segurar a rocha.
Está inserida no Parque Natural como Paisagem Protegida desde 1982.
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